1. Sumário Executivo


O crescimento extraordinário que tem ocorrido nesta década nas áreas de comunicação celular, redes locais sem fio e serviços via satélite permitirão que informações e recursos possam ser acessados e utilizados em qualquer lugar e em qualquer momento. Dado o atual crescimento do segmento de computadores pessoais e PDAs (Personal Digital Assistants), estima­se que em poucos anos, dezenas de milhões de pessoas terão um laptop, palmtop ou algum tipo de PDA. Independente do tipo de dispositivo portátil, a maior parte desses equipamentos deverá ter capacidade de se comunicar com a parte fixa da rede e, possivelmente, com outros computadores móveis. A esse ambiente de comunicação se dá o nome de comunicação móvel ou nômade. Nesse ambiente, o dispositivo de comunicação não precisa ter uma posição fixa na rede.

O potencial de crescimento das tecnologias de comunicação móvel é particularmente promissor na França e no Brasil, sobretudo quando se compara a penetração do telefone celular em nossos mercados em relação aos outros países industrializados. Para se tomar um exemplo, sabe­se que, no final de 1997, 20% da população dos países escandinavos (Suécia, Noruega e Finlândia) e 17% da população americana possuíam um telefone móvel, enquanto que essa mesma taxa de penetração era da ordem de 2% para a França, que se encontrava bem atrás de países como a Grécia ou Portugal. A maior parte dos operadores acreditam assim que é possível multiplicar por 5 o número de usuários de telefone portátil na França nos próximos 5 anos. Uma situação similar ocorre no Brasil, onde o governo prevê um mercado de aproximadamente 10 milhões de telefones celulares no ano 2000, em relação a um pouco mais de um milhão de celulares usados atualmente.

Nosso projeto de colaboração objetiva o desenvolvimento de modelos adequados a esse cenário e de técnicas específicas de otimização de sistemas de grande porte [33]. As aplicações serão dirigidas ao planejamento e à operação econômica de redes de comunicação sem fio. Nesses estudos coorientaremos pelo menos quatro teses de doutoramento, e daremos continuidade à produção de artigos sobre modelos e técnicas de planejamento de redes [3, 4, 40, 49 a 51]. A pesquisa também inclui o desenvolvimento de ferramentas para gerência e implementação de inteligência em redes, com ênfase em rádio­propagação, incluindo o levantamento, a previsão de demanda, o roteamento de tráfego, a tarifação e a atribuição de capacidades em telecomunicações [4, 5, 41, 44].



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