Critérios para Categorização de Veículos de Publicação Científica da Área de Computação


Roberto da Silva Bigonha
Professor Titular
Departamento de Ciência da Computação
Universidade Federal de Minas Gerais
Julho de 2000

I. INTRODUÇÃO

Os processos de avaliação dos órgãos de fomento, como Capes, CNPq e as Fundações Estaduais de Amparo a Pesquisa, são baseados no julgamento pelos pares, realizado por meio de um corpo de consultores ad hoc, indicados pelos respectivos órgãos de cada área do conhecimento. Sabe-se que a qualidade de qualquer julgamento depende predominantemente da competência de quem o realiza. Todo o processo apóia-se no conhecimento técnico-científico dos consultores, que geralmente se orientam por parâmetros de qualidade próprios, sendo por isto insubstituíveis e imprescindíveis para garantir transparência e justiça.

Por outro lado, a grande diversidade de subáreas na Computação e o elevado volume e tipos de veículos de divulgação científica existentes podem dificultar o trabalho dos consultores, principalmente no julgamento de processos da modalidade fluxo contínuo e em diferentes subáreas. Em vista disto, parece apropriado melhor identificar os veículos de divulgação científica comumente utilizados por pesquisadores brasileiros da área de Ciência da Computação, de forma a facilitar o trabalho dos consultores.

Certamente é difícil estabelecer um conjunto de indicadores que permita avaliar indiretamente a qualidade de livros. Reconhece-se, contudo, como indicador positivo de qualidade sua publicação por editoras reconhecidas, que tenham ampla capacidade de distribuição e circulação, e que sejam adotados por bons cursos. Mas, sem dúvida, a formação de juízo de valor para cada caso é tarefa indeleg´vel do consultor.

Por outro lado, a classificação, quanto à qualidade, dos veículos de divulgação de resultados de pesquisa, embora também complexa, possui parâmetros mais objetivos, mas a definição de níveis de qualidade pode ser muito polêmica. Assim, propõe-se, antes de buscar a definição destes níveis de qualidade, executar um trabalho de identificação dos veículos comumente utilizados, e sua categorização em classes conforme alguns fatores característicos, deixando em aberto sua estratificação em níveis de qualidade, que continua sendo da responsabilidade de cada consultor.

A ordem de classificação apresentada não tem qualquer relação definida com possíveis níveis de qualidade. O que se pretende nesta classificação é conhecer melhor os veículos mais utilizados e facilitar sua identificação. Ao consultor é facultado definir níveis de qualidade próprios, agrupando, se assim o desejar, as categorias identificadas abaixo na forma que julgar mais apropriada, ou seja, cada periódico, congresso ou workshop continua tendo a qualidade que lhe for atribuída por cada consultor, de acordo com o julgamento e avaliação baseados em critérios próprios. Ressalte-se ainda que eventos ou periódicos dentro de um mesmo grupo podem ter níveis de qualidade diferenciados. E nada impede que veículos específicos de diferentes grupos sejam considerados de mesmo nível. Garante-se, contudo, que, dentro de um mesmo grupo, todos possuem um conjunto de características comuns.

II. OS CRITÉRIOS

Para categorização dos veículos de divulgação científica, foram adotadas as seguintes convenções: A classificação dos veículos de publicação pode ser baseada nos seguintes indicadores, a partir dos quais o especialista da respectiva subárea da Computação, junto com outros elementos de avaliação, pode inferir sua qualidade.

III. AS CATEGORIAS


1. GRUPO A

Congressos, revistas e workshops de tradição, de circulação internacional e com comitê de programa ou corpo editorial de composicao multinacional, formado por pesquisadores de competência reconhecida internacionalmente.

1.1 Subgrupo A1

Congressos, revistas e workshops do
Grupo A e com as seguintes características adicionais:

1.2 Subgrupo A2

Congressos, revistas e workshops do
Grupo A e com as seguintes características adicionais:

1.3 Subgrupo A3

Congressos, revistas e workshops do
Grupo A com as seguintes características adicionais:

1.4 Subgrupo A4:

Congressos, revistas e workshops do
Grupo A com as seguintes características adicionais:

1.5 Subgrupo A5:

Congressos, revistas e workshops do
Grupo A com as seguintes características adicionais:

2. GRUPO B

Congressos, revistas e workshops de tradição, de alcance e circulação limitada a poucos países e com comitê de programa ou corpo editorial multinacional.

2.1 Subgrupo

Congressos, revistas e workshops do
Grupo B com as seguintes características adicionais:

2.2 Subgrupo B2

Congressos, revistas e workshops do
Grupo B com as seguintes características:

2.3 Subgrupo B3

Congressos, revistas e workshops do
Grupo B com as seguintes características adicionais:

2.4 Subgrupo B4

Congressos, revistas e workshops do
Grupo B com as seguintes características:

3. GRUPO C

Congressos, revistas e workshops de tradição, de circulação limitada a poucos países e com comitê de programa ou corpo editorial sem caracterização internacional.

3.1 Subgrupo C1:

Congressos, revistas e workshops do
Grupo C com as seguintes características adicionais:

3.2 Subgrupo C2

Congressos, revistas e workshops do
Grupo C com as seguintes características adicionais:

3.3 Subgrupo C3

Congressos e workshops do
Grupo C com as seguintes características adicionais:

3.4 Subgrupo C4

Congressos e workshops do
Grupo C com as seguintes características:

3.5 Subgrupo C5

Congressos e workshops do
Grupo C com as seguintes características adicionais:

4. Grupo D

Congressos, revistas e workshops de tradição, de circulação internacional, mas sem comitê de programa ou corpo editorial formalmente constituído. Aceitação com base no julgamento do editor.

4.1 Subgrupo D1

Congressos, revistas e workshops do
Grupo D com as seguintes características adicionais:

4.2 Subgrupo D2

Congressos, revistas e workshops do
Grupo D com as seguintes características adicionais:

5. GRUPO E

Congressos, revistas e workshops não classificáveis nos itens acima porque trata-se de evento ou revista ainda sem tradição.

6. GRUPO F

Congressos, revistas e workshops não classificáveis em nenhum dos itens acima.