HISTÓRIA DA INTERNET BRASIL

Introdução

Redes de computadores são as auto- pistas por onde trafegam, em âmbito mundial, informações eletrônicas dos mais variados tipos, incluindo textos, figuras, sons e imagens. Para o mundo globalizado - o mundo das redes de computadores - não existem fronteiras entre países, assim como também não há distinção de raça, sexo, cor ou nacionalidade entre pessoas.
O governo federal tem como meta estratégica prioritária para os próximos anos a organização e a exploração desse conjunto de "supervias eletrônicas", em parceria com a iniciativa privada, visando integrar o Brasil definitivamente à comunidade eletrônica internacional, facilitando o fluxo de informações entre as instituições brasileiras e, destas, com suas congêneres no exterior. Nesse quadro, a Internet/Brasil desempenha papel central.
A Internet é a maior rede mundial de computadores existente na atualidade.
As redes eletrônicas de computadores proporcionam a seus usuários comunicação a baixo custo e acesso a fontes inesgotáveis de informação. Elas interconectam pessoas para os mais variados fins e têm contribuído para ampliar e democratizar o acesso à informação, eliminando barreiras como distância, fronteiras, fuso horário, etc.


Internet no Brasil

Até recentemente, no Brasil, o acesso à Internet era restrito a professores, estudantes e funcionários de universidades e instituições de pesquisa. Em adição, instituições governamentais e privadas também obtiveram acesso devido a colaborações acadêmicas e atividades não-comerciais.
A partir de 1995, surgiu a oportunidade para que usuários fora das instituições acadêmicas também obtivéssem acesso à Internet e que a iniciativa privada viesse a fornecer esse serviço. Isto significa que haverá cada vez mais computadores brasileiros, fora das instituições de ensino, ligados à Internet, e que um vasto leque de aplicações surgirá a curto prazo.


Passaremos agora a linha de tempo da Internet-BR



1987

Após conseguirem acesso a redes internacionais, essas instituições incentivaram outras entidades do País a usar as redes.
As entidades conectavam-se utilizando recursos próprios e pagando à EMBRATEL as tarifas normais pela utilização de circuitos de comunicação de dados. O critério utilizado para selecionar onde se conectar, normalmente foi em funçao da distância.
Esse modelo funcionou por algum tempo e mostrou a necessidade de um projeto adequado para a formaçao de um Backbone nacional (para conectar os centros provedores de serviços especiais à redes regionais que, por sua vez, também deviam ser fomentadas)


1988


1990


1991

A lentidão e os problemas apresentadas no modelo inicial, obrigou o planejamento de uma forma mais adequada de interconectar os diversos centros de pesquisa do país. Este planejamento foi apresentado em 1991 e incluiu:

Funçao básica do Backbone: prover conectividade e transporte de tráfego entre estruturas análogas que existem/existirão em diversas regiões do país. Desta forma, a RNP é a congregação dos esforços regionais, via estrutura nacional ("Backbone") e a fomentadora da implantação de novas redes regionais;


1992/1993

A presença da RNP nos Estados foi concebida como resultante da implantação de um conjunto de conexões interestaduais, interligando inicialmente onze Estados, com pontos-de-presença em cada capital. Essa arquitetura de linhas de comunicações e equipamentos compõem o que se denomina espinha dorsal (backbone) da RNP.



1994/1995


Abril/1995

A espinha dorsal da RNP previu pontos de presença em todas as capitais do país, ligação entre as capitais geradoras de maior tráfego a velocidades de 2Mbits/seg (em substituição aos 64Kbits/seg anteriores) e transformação das ligações de 9.6 Kbits/seg em ligações a 64K bits/seg. Para complementar a conectividade na região amazônica, incluindo as cidades Tefé (AM), Cáceres (MT), Santarém e Marabá (PA), Alcântara (MA) e Fernando de Noronha (PE), o MCT estabeleceu um convênio com o Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal.


Maio/1995

Em Nota Conjunta o Min. das Comunicações (MC) e o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) afirmaram que para tornar efetiva a participação da Sociedade nas decisões envolvendo a implantação, administração e uso da INTERNET, seria constituído um Comitê Gestor INTERNET, que contaria com a participação do MC e MCT, de entidades operadoras e gestoras de espinhas dorsais, de representantes de provedores de acesso ou de informações, de representantes de usuários, e da comunidade acadêmica.

Atribuições do Comitê Gestor:

Ao longo dos seus primeiros oito meses de funcionamento, o CG defrontou-se com o problema de acompanhar a transformação do projeto Internet no Brasil, que deixou de ser estritamente acadêmico e passou a abranger toda a sociedade. Isto significou acompanhar o aumento das velocidades dos circuitos da Rede Nacional de Pesquisa, RNP, que passaria a permitir tráfego misto - acadêmico, comercial, governamental e outros; os planos do Sistema Telebrás para o estabelecimento de uma espinha dorsal nacional; e o surgimento de outras espinhas dorsais nacionais que seriam implantadas pela iniciativa privada.

Para desenvolver suas ações e aumentar a participação da sociedade em suas atividades o CG criou e a aperfeiçoou a organização de grupos de trabalho (GTs) cujas atividades visam fomentar o desenvolvimento de serviços INTERNET no Brasil. Este modelo é semelhante ao que vem sendo adotado por diversos países ou conjuntos de países e tem como objetivo a disseminação da tecnologia Internet junto à sociedade em áreas específicas de importância estratégica.

Os GTs encontram-se em fases diferentes de organização, variando desde a etapa preliminar de escolha de membros e definição de projetos até a operação plena. Os GTs de Engenharia e Operação de Redes, Economia de Redes, P&D em Redes, Educação à Distância , Saúde , Meio Ambiente e Recursos Naturais , Formação de Recursos Humanos , Apoio a Aplicações Comunitárias e Articulação com a Sociedade já estão em plena atividade e já apresentaram resultados concretos. Tipicamente, os GTs vêm definindo projetos piloto que servem de demonstração e ilustram a viabilidade e interesse da aplicação da tecnologia Internet em determinadas áreas. A organização dos GTs tem permitido que a comunidade acadêmica interaja com a sociedade em geral, em um processo de transferência da tecnologia por ela dominada há anos. Além disto, esta organização por GTs já permitiu cooptar cerca de 160 participantes de vários setores da sociedade para o projeto Internet no Brasil.



Dezembro/1995


Backbone da RNP (Novembro 1996)

Crescimento de Domínios

Crescimento de Hosts


Um pouco mais sobre a RNP

Tipos de serviços oferecidos pela RNP:

Na implantação de conectividade, a RNP se encarrega de todas as atividades relacionadas com alocação de end. IP, regitro de domínios, etc.

Voltada primariamente para assinantes dos serviços da RNP, mas cobre uma audiência maior, para auxiliar a sanar deficiências do nascente mercado Internet brasileiro.

A RNP não compete com as centenas de pequenos e médios empreendimentos Internet no país. As ações a RNP visam assegurar a esses empreendimentos condições técnicas e espaço de mercado para consolidação e crescimento.

Estrutura Organizacional da RNP:

Provedores de Backbone no Brasil

A Telebrás, através da Embratel apresentou sua proposta de espinha dorsal que ligará algumas capitais do País. Até o momento, a Embratel opera um único ponto de presença no Rio de Janeiro e atende os provedores de acesso de outros estados via recursos Renpac. Em relação à iniciativa privada, a IBM implantou uma rede em estrela baseada nos Estados Unidos, que atende a 4 capitais brasileiras; a Unysis opera uma espinha dorsal que cobre também alguns estados do País; o Banco Rural tem uma cobertura nacional mais ampla. O Bradesco tem planos para atuar em breve no mercado de provimento de serviços de espinha dorsal.